Agenda ESG 2024: Inclusão, sustentabilidade e propósito em debate do 2º encontro

  • 21/10/2024
(Foto: Reprodução)
Especialistas discutiram o futuro das práticas ESG, ressaltando a importância de diversidade e responsabilidade ambiental Evento aconteceu no dia 17 de outubro, no Grupo Raphaella Santucci/Lead MKT Na última quinta-feira (17), o Grupo Tribuna realizou o segundo encontro da Agenda ESG 2024, reunindo especialistas para discutir a importância de práticas sustentáveis, inclusivas e responsáveis. O evento, voltado para temas relacionados ao ESG (ambiental, social e governança), contou com palestras de grandes nomes como Flávia Cintra, Pedro Saad, Viviane Mansi, Artur Ferreira e Pauê Aagaard, que trouxeram diferentes perspectivas sobre como empresas e indivíduos podem colaborar para um futuro melhor. Flávia Cintra: Inclusão e representatividade nas decisões A jornalista e ativista Flávia Cintra iniciou o evento com uma palestra sobre sua história, e a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e nas tomadas de decisão. O termo ‘pertencimento’ foi citado como primordial para pessoas com deficiência. Segundo ela, muitas pessoas tentam decidir sobre as soluções para as necessidades de uma pessoa com deficiência. “Me pergunte. Não tente adivinhar. Geralmente, quando pensam em soluções para minha vida sem minha participação, tem um desperdício de tempo, recurso e energia”. Durante sua palestra, Flávia também trouxe à tona uma frase poderosa que tem guiado os movimentos de direitos das pessoas com deficiência: "Nada sobre nós, sem nós". Essa expressão reflete a necessidade de incluir esse grupo nas mesas de decisão que afetam suas vidas, para garantir que suas vozes e experiências sejam ouvidas e levadas em consideração. "Eu estava lá, fui parte do grupo que representou o Brasil na ONU para elaborar essa convenção. Somos nós, pessoas com deficiência do mundo inteiro, declarando que queremos ser chamadas por quem somos – pessoas com deficiência", afirmou. Flávia enfatizou que a inclusão deve ir além do cumprimento de metas, com um real engajamento das empresas para garantir que essas pessoas tenham acesso a oportunidades de desenvolvimento e cargos de liderança. Para ela, a verdadeira mudança só virá quando as pessoas com deficiência forem vistas como indivíduos completos. Flávia Cintra durante palestra no Grupo Tribuna Raphaella Santucci/Lead MKT No painel ‘Inovação Social e Sustentabilidade’, em conjunto com os outros palestrantes, a repórter destacou como muitas empresas ainda contratam pessoas com deficiência apenas para cumprir a lei de cotas, restringindo essas contratações a cargos operacionais e iniciais. Segundo ela, essa prática reflete uma visão limitada da capacidade dessas pessoas. "A maioria das empresas ainda contrata pessoas com deficiência tendo em vista o cumprimento da lei de cotas, para não tomar multa", explicou Flávia. "O melhor caminho é abrir todas as vagas para pessoas com deficiência, desde que qualificadas. Por que não?". Pedro Saad: O impacto global e as tecnologias emergentes Pedro Saad, diretor da InovaESPM e embaixador do ODS 17 da ONU, abordou os desafios ambientais globais e os impactos das novas tecnologias. Segundo Saad, o mundo enfrenta uma crise ambiental sem precedentes, agravada pelo avanço tecnológico que, ao mesmo tempo em que aumenta a produtividade, gera instabilidade no emprego e na renda. "Exterminamos 52% dos vertebrados. Poluímos a água, o ar, o solo. Estamos em uma encruzilhada, onde o avanço das tecnologias aumenta a produtividade, mas também gera instabilidade", alertou Saad. Ele reforçou a importância de uma agenda global mais eficiente, que promova um equilíbrio entre o progresso econômico e a responsabilidade ambiental e social. Uma agenda global mais eficiente é essencial para promover o desenvolvimento sustentável, equilibrando o progresso econômico com a responsabilidade ambiental e social. Ela permite coordenar esforços internacionais para enfrentar desafios globais, como as mudanças climáticas, e promover a inclusão social, reduzindo desigualdades. Além disso, protege a biodiversidade e os ecossistemas, garantindo o uso responsável dos recursos naturais. Pedro Saad durante Agenda ESG Raphaella Santucci/Lead MKT Viviane Mansi: Diversidade, Inclusão como estratégia de comunicação Viviane Mansi, diretora de relações corporativas da Diageo e especialista em ESG, destacou a importância da diversidade e da inclusão nas práticas de ESG. Para ela, o compromisso com a diversidade deve ser uma parte essencial da estratégia das empresas, refletindo-se nas campanhas publicitárias, influenciadores contratados e, principalmente, nas ações internas das corporações. "As nossas ações falam mais alto do que nossas palavras. Quando falamos de diversidade, é importante olhar para dentro de casa, para dar exemplo", afirmou Viviane. Ela ressaltou que é fundamental monitorar os resultados e ajustar as estratégias com base em metas tangíveis de inclusão. Observar os resultados de ESG e ajustar as estratégias com base em metas tangíveis de inclusão é fundamental para garantir a eficácia das iniciativas. Isso permite avaliar o impacto real das ações, promovendo transparência e responsabilidade. Além disso, o acompanhamento contínuo ajuda a adaptar as políticas para atender às necessidades reais, assegurando que a empresa cumpra normas e regulamentações. Uma abordagem baseada em dados também promove uma cultura organizacional mais inclusiva, engajando os funcionários e aumentando a confiança de investidores e stakeholders. Viviane Mansi Raphaella Santucci/Lead MKT Artur Ferreira: O valor dos serviços ecossistêmicos O economista Artur Villela Ferreira, senior partner da Global Forest Bond, trouxe à discussão a importância dos biomas nativos e os serviços ecossistêmicos que eles proporcionam. Com 20% da biodiversidade mundial localizada no Brasil, Villela destacou o valor imensurável desses recursos naturais para a humanidade, alertando que a economia global ainda não reconhece adequadamente esse valor. “O valor estimado dos serviços ecossistêmicos para a humanidade é da ordem de 125 a 140 trilhões de dólares por ano. A natureza faz mais por nós do que nós mesmos", afirmou Villela, ressaltando a necessidade de incorporar essa contribuição natural nas políticas econômicas. Incorporar este conceito nas políticas econômicas para ESG é essencial para promover um desenvolvimento sustentável e equilibrado. Ao reconhecer o valor dos serviços ecossistêmicos, as empresas podem alinhar suas estratégias financeiras com a preservação ambiental. Isso ajuda a mitigar os impactos negativos das atividades humanas, e garante a proteção da biodiversidade e a manutenção dos recursos naturais para as futuras gerações. Assim, integrar essa perspectiva nas políticas econômicas contribui para um modelo de negócios que respeita tanto o meio ambiente quanto as necessidades sociais. Artur Ferreira Raphaella Santucci/Lead MKT Pauê Aagaard: Propósito e prática sustentável O atleta Pauê Aagaard trouxe ao evento uma visão humanizada sobre como a sustentabilidade e a inclusão devem ser movidas por um verdadeiro propósito. Ele destacou que as empresas e indivíduos que realmente acreditam em práticas inclusivas e sustentáveis vão além do que é exigido pelas leis ou pelo mercado, e promovem essas práticas como parte de sua cultura. “Existem empresas que fazem inclusão por paixão, por acreditar. Isso as posiciona bem perante a sociedade, mas o mais importante é que essas pessoas acreditam no propósito", afirmou Pauê. Para ele, a verdadeira transformação ocorre quando as pessoas internalizam esses valores e agem de forma ética e responsável, motivadas por princípios e não apenas por obrigações. Pauê Aagaard durante o evento Raphaella Santucci/Lead MKT Marjorie Samaha: Acompanhamento de iniciativas A coordenadora de sustentabilidade social da Santos Brasil enfatizou a importância de monitorar resultados como um pilar essencial para a formulação de estratégias eficazes em ESG. Para ela, acompanhar o desempenho das iniciativas permite que as empresas compreendam onde estão investindo de forma mais eficiente e onde ainda existem lacunas. Essa prática facilita a identificação de áreas que necessitam de melhorias e permite um direcionamento mais preciso de recursos para projetos que realmente impactam as comunidades e o meio ambiente. Além disso, Marjorie ressaltou que uma estratégia ESG eficaz deve considerar a diversidade e as necessidades locais. Com operações que envolvem múltiplas culturas, as empresas precisam dialogar com as comunidades em que estão inseridas. Ela destacou que entender as vivências e as demandas específicas de cada grupo é crucial para desenvolver projetos sociais que realmente façam a diferença. “Pensando na Santos Brasil, temos operações com muita regionalidade envolvida. São pessoas que têm vivências diferentes, culturas diferentes e necessidades diferentes. Então a nossa estratégia é fundamental em conversar com essas pessoas. O que essas pessoas estão precisando? Quais são as necessidades reais delas? E isso é muito importante para um projeto social dar certo, pensando na minha área, que é a sustentabilidade social. Olhando para esse tema, de o que as pessoas precisam, a Santos Brasil direcionou seus esforços para projetos de educação e capacitação profissional, especialmente aqui na Baixada Santista”. Marjorie Samaha Raphaella Santucci/Lead MKT A Agenda ESG 2024 reforçou a necessidade de um comprometimento genuíno com a sustentabilidade, a diversidade e a inclusão nas práticas corporativas. O evento mostrou que as mudanças não acontecem apenas com palavras ou regulamentações, mas com ações concretas e alinhadas a valores reais. O projeto Agenda ESG tem patrocínio da Ecovias, Santos Brasil, e Terracom.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/especial-publicitario/agenda-esg/agenda-esg/noticia/2024/10/21/agenda-esg-2024-inclusao-sustentabilidade-e-proposito-em-debate-do-2o-encontro.ghtml


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